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Proposta de Reflexão

Este espaço convida profissionais da educação, sejam professores, servidores ou gestores à reflexão sobre a saúde mental dos estudantes a partir dos seus campos de atuação. 

A estreita relação entre educação e saúde é evidenciada nesta pesquisa e vai ao encontro do que diz Rangel: 

 

Educação e saúde constituem um campo epistêmico de expressiva relevância para a qualidade de vida humana e social. Refletir sobre esse campo, em suas dimensões e relações, é uma necessidade e um apelo da produção do conhecimento, reconhecendo que a origem e o propósito de todo saber encontram-se na sociedade, na existência, na vida, que se deseja e se precisa melhor. (2009, p. 59).

Desta forma, convidamos você a refletir sobre algumas questões:

1.

Foi possível observar, na percepção dos estudantes, relação entre dificuldades vivenciadas no contexto escolar e prejuízos à saúde mental.

E você o que pensa sobre essa relação? Você também acredita que o contexto escolar pode, de alguma forma, causar algum sofrimento e/ou adoecimento nos estudantes?

2.

A pesquisa apontou que 43% dos estudantes apresentam ou apresentaram alguma dificuldade relacionada ao contexto escolar que causou algum sofrimento ou prejuízo ao seu bem-estar físico ou emocional.

Você já percebeu algum tipo de sofrimento/adoecimento nos estudantes do seu campus? Qual sua postura e ações frente a essas situações?

3.

Uma percepção positiva do ambiente está associada ao engajamento e melhora da performance acadêmica, enquanto uma baixa sensação de conectividade com a escola, colegas e professores relaciona-se com risco elevado de sintomas depressivos e ansiosos, consumo de substâncias e diminuição na probabilidade de conclusão do ensino. (MALTONI, 2017, p. 21).

Você consegue avaliar se sua prática profissional contribui, positiva ou negativamente, na percepção do ambiente escolar pelos estudantes? Já se questionou sobre isso? 

4.

Nesta pesquisa, foram identificados como possíveis fatores causadores de sofrimento ou prejuízos ao bem-estar dos estudantes: dificuldades de adaptação à instituição, dificuldades de relacionamento, bullying e pressão por bom desempenho escolar. 

Quais ações são ou poderiam ser desenvolvidas para minimizar possíveis fatores de sofrimento ou adoecimento dos estudantes? 

5.

Identificamos pela pesquisa que as demandas relacionadas a saúde mental estão centradas no profissional psicólogo e que este profissional não é reconhecido como integrante do setor de assistência em saúde. 

Você acredita que as questões de saúde mental são atribuições apenas do psicólogo? Quais ações poderiam proporcionar o fortalecimento do setor de saúde de forma que os alunos reconheçam este como um espaço de apoio e enfrentamento das dificuldades relacionadas à saúde mental?

6.

Observou-se nos estudantes o desejo por espaços de discussão sobre a saúde mental no contexto escolar. Desta forma demonstraram o potencial da escuta como uma forma de enfrentamento dos prejuízos a saúde mental.

Como poderiam ser ampliados esses espaços? O que você compreende por escuta? É possível praticar a escuta sem ser psicólogo? 

Envolva-se nesta proposta reflexiva!

Convidamos você a compartilhar conosco suas percepções, ações e experiências.

 

Referências

RANGEL, Mary. Educação e saúde: uma relação humana, política e didática. Educação, v. 32, n. 1, p. 59-64, 2009.

MALTONI, Juliana Nogueira. Indicadores e comportamentos de saúde em adolescentes de 13 anos de Ribeirão Preto. 2017. 117 p. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2017.

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