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Enfrentamento do Sofrimento/Adoecimento

Além de identificar as dificuldades relacionadas ao contexto escolar buscou-se identificar como os estudantes enfrentam essas situações.

Questionados se recebiam apoio emocional para enfrentar os desafios escolares, observou-se que a família e os amigos ou colegas de aula foram as fontes de apoio mais citadas, conforme o gráfico.

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Depoimentos dos estudantes:

“Tenho uma vivência muito boa pois desde o início fiz muitas amizades que sempre me apoiaram em tudo e mesmo com meus problemas consegui chegar no 3º sem uma reprovação” (I7).

“Acredito que foi muito marcante, porque além de fazer muitos amigos, eu fazia parte da equipe esportiva do campus, que me agregou muito fisicamente e mentalmente” (AD28).

O vínculo e a interação com a família representam portanto um amparo emocional importante para que os estudantes enfrentem as dificuldades escolares. Frente à distância da família, muitos estudantes veem nos colegas uma fonte de apoio emocional.

A interação com os colegas é uma das formas de enfrentamento das dificuldades vividas no contexto escolar que, na maioria dos casos, são minimizadas à medida que eles se conhecem, interagem e estabelecem laços de amizade.

Se, por um lado, as dificuldades de relacionamento com os colegas podem constituir-se como motivo de sofrimento, como a prática do bullying, por outro, quando as interações entre os colegas são bem sucedidas, uns apoiam os outros e isto serve de incentivo a permanecer na instituição e também ameniza a saudade da família.

O esporte também foi reconhecido como fonte de apoio emocional, nos depoimentos de alguns estudantes. 

Questionados se existiam espaços para discutir sobre saúde mental no contexto escolar, observou-se que mais de 30% dos estudantes não reconhece a existência desses espaços.

 

 

A partir das respostas discursivas desta questão, que indicava quais seriam esses espaços, foi gerada uma nuvem de palavras mostrando com maior destaque as respostas mais frequentes.

 

Os estudantes destacam a atuação da psicóloga, reafirmam os processos de interação com a profissional como espaços ou momentos para falar de saúde mental. Dessas informações depreende-se a identificação do profissional de psicologia quando se trata de saúde mental no contexto escolar.

Notou-se que em poucos momentos a assistência em saúde foi citada pelos estudantes. Parece ser frágil a relação estabelecida entre o setor e os estudantes, pois eles não o identificam como um espaço em que possam discutir sobre a saúde mental. Estão centradas na psicóloga as demandas relacionadas a saúde mental e esta profissional não é reconhecida como integrante do setor de assistência em saúde. Este parece ser o motivo pelo qual apenas um estudante disse receber apoio emocional dos profissionais da assistência em saúde do IFFar. 

Ainda que com menor frequência, a mesma nuvem de palavras destacou o setor “pedagógico” e os “professores” como locais ou pessoas com quem os estudantes podem discutir sobre a saúde mental no contexto escolar. Os estudantes reconhecem a atuação do Setor de Assistência Pedagógica junto a psicóloga, especialmente pelo trabalho em conjunto que vêm fazendo nas turmas de terceiros anos durante 2019.

Desta forma, pode-se observar que o enfrentamento de situações de sofrimento/adoecimento dos estudantes ocorre por meio dos espaços e momentos de interação e de escuta.

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